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domingo, 9 de fevereiro de 2014

Como a gente gosta de ser lido

   Imagine-se sendo abraçado por centenas de pessoas. Pois foi exatamente isso o que senti na Escola Municipal Rodolfo Saenger em Sapiranga. Desde o primeiro contato, o que senti foi exatamente isso: uma escola que abraça o escritor visitante, e isso que nosso primeiro contato aconteceu alguns meses antes da minha visita. E que visita! Surpresa sobre surpresa, encontrei uma escola engajada, decidida a cumprir sua missão de espaço social e pedagógico. Dezenas de trabalhos feitos, turmas interessadas, que leram os livros As asas do dragão, Um rio pelo meio, A casa, Um vulto nas trevas e  Contos do Sul. Quisera eu poder levar você, meu amigo e leitor, para dentro da escola naqueles dias e poder ver os trabalhos feitos: cartazes, poesia (inclusive poesias para os contos assustadores de Contos do Sul), maquetes, miniaturas, meu Deus, era tanta coisa que eu nem tinha olhos que chega para acompanhar tudo. Um destaque que me chamou muito a atenção foi a agilidade dos alunos que reproduziram em uma parede, uma crônica que eu havia postado no blog www.porteiradafantasia.blogspot.com.br, apenas alguns dias antes.
Além disso, acho importantíssimo ressaltar o interesse dos alunos pelos livros. A chegada de cada material na escola era saudados com muito entusiasmo e houve uma real procura pela aquisição dos livros. E olhando aquelas turmas todas, fiquei me perguntando onde é mesmo que são feitas as pesquisas que dizem que aluno brasileiro não lê e não gosta de ler? Porque na Rodolfo Saenger os alunos tem verdadeira fome de leitura e os autores são lidos não apenas com alegria, mas com atenção e visão crítica. O que todo escritor sonha, exatamente como eu gosto de ser lida. Gente que lê e discute o que leu, com argumentos e com a bagagem de leituras anteriores. Tudo de bom.
O que eu não posso deixar de comentar com vocês foi um reencontro muito emocionante. Vocês sabem que eu fui professora de ballet (ainda sou, na verdade). Pois bem: há alguns anos atrás, não direi quantos, mas faz tempo), eu dava aulas no espaço da Semec II, aqui em Novo Hamburgo. O espaço, hoje, está desativado, mas na época eu atendia turmas das escolas municipais da cidade, dentro de um projeto chamado "Ballet Clássico nas escolas". Em um dos grupos, estava a Veridiana. Anos depois, encontrei Veridiana em uma feira de livros em Saíranga e ela me disse uma das coisas mais bonitas que uma professora pode ouvir: "Eu gostava tanto das tuas aulas, você foi uma pessoa tão importante na minha vida, que eu decidi ser professora também".
Pois não é que encontrei a Veridiana de professora na EM Rodolfo Saenger? Foi um momento muito especial, muito carinhoso e muito emocionante. É simplesmente impossível de explicar como a gente se sente fazendo parte da vida de pessoas maravilhosas. É simplesmente tão precioso que não há como dar valor: apenas sentir e deixar o coração bater mais forte.

Deixo vocês com algumas imagens da visita. São muito poucas diante da riqueza que a escola soube tirar dos meus livros. Um abraço equipe. Estou com saudades de vocês!

  Imagens de um dia muito especial. Na foto da esquerda, Veridiana, 
uma antiga aluna e eu. Em cima, professoras que trabalharam os livros. 
Embaixo, à direita, a equipe da biblioteca: imparáveis!    

Mais trabalhos, estes sobre "Um vulto nas trevas"

Um autógrafo especial, com direito à curtição do livro  

A agilidade das turmas: quem disse que não se escreve em parede? 

Maquetes para "A Casa"

Diferentes versão para Chin-mo-lio

Fila de autógrafos também é para se ler

Uma das muitas filas para os autógrafos

Nas paredes, muitos cartazes e trabalhos sobre os livros lidos 

 Acima, algumas imagens de um dia muito especial. Um destaque
para essa escola que me deixou com a boca nas orelhas o
tempo inteiro. Obrigada pelo carinho!

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